terça-feira, 13 de agosto de 2019

Inteligência, competência, serenidade e sentido de Estado


Segundo dia da greve dos camionistas e as televisões ficam sem notícias, porque a requisição civil põe toda a classe profissional em movimento reduzindo a quase nada os já minguados piquetes de ontem. Contra o aventureirismo suicida dos pseudo-sindicatos o governo agiu eficientemente para devolver a normalidade ao país.
O que se tornou ensurdecedor foi o silêncio dos partidos da oposição, que não arriscam o erro cometido em maio quando convergiram na aprovação todo o tempo de serviço dos professores e viram-se seriamente penalizados nas eleições europeias. A única declaração de Rui Rio - a de propor a greve para depois das eleições - ainda agora está a ser interpretada para compreender-lhe verdadeiramente o esdrúxulo sentido, que todos estimam absurdo. O CDS aprovaria porventura a afirmação da autoridade do Estado perante a ameaça do caos social, mas só quando poderia ser ator e não espectador de tal situação. O Bloco arriscou uma posição idiota confundindo os grevistas com proletários integráveis na Revolução futura sem entender como o verdadeiro inimigo avança com agentes provocadores, tipo Pardal, quando sente perigados os seus interesses. E foi a tímida posição do PCP a mais sensata, chamando a atenção para o quanto a legislação laboral fica em xeque com estes pretextos, mas não deixando de denunciar o carácter equívoco da luta inorgânica, que lhes estão subjacentes.
Estes têm sido os dias em que António Costa melhor tem demonstrado como se governa com inteligência, competência, serenidade e sentido de Estado.

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