sábado, 10 de agosto de 2019

Olhando além-fronteiras e reagindo com poucas palavras


· Estudo em Itália demonstra que existe uma relação causa-efeito entre o telelixo e a ascensão de líderes populistas. Já funcionara com  Berlusconi e continua a ser útil a Salvini. Que talvez tenha dado agora um passo maior do que a perna. A avidez de chegar ao poder absoluto é tanta, que arrisca estatelar-se ao comprido...
· Podem-se dizer raios e coriscos dos políticos de Pequim, mas não se consegue negar-lhes a inteligência com que reagem aos arremedos de Trump para beliscarem os interesses chineses: semanas atrás obrigaram-no a retroceder na intenção de boicotar a Huawei, quando confrontado com a possibilidade dos fabricantes de hardware norte-americanos fecharem por falta de terras raras, que só os chineses possuem. Agora quis impor taxas alfandegárias para encarecer os produtos vindos da China e logo teve de troco a depreciação do yuan, que os mantém tão competitivos como antes. Até ver o pato-bravo da Casa Branca voltou a meter a viola no saco...
· Na Polónia as associações de defesa das mulheres sujeitas à violência doméstica viram-se privadas de subsídios oficiais desde que o atual governo de extrema-direita tomou posse m 2015, porque a Igreja Católica, donde em tempos emergiu o sinistro Woytila, continua a defender um conceito de família segundo o qual cabe-lhes comerem e calarem. Não está fácil ser mulher num país que, antes de 1989, as tratava como a outra metade do céu.
· Na Turquia a remoção e destruição de livros das escolas e bibliotecas desde o mal explicado golpe de Estado de 2016 já ultrapassa os trezentos mil. Sabemos bem o que significa politicamente a queima de livros por poderes que se julgam capazes de lhes calar os conteúdos...

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