Exportações em baixa, desemprego e juros em alta, crescimento do PIB estagnado: a direita exultou com os indicadores publicados esta semana pelo INE e que indiciariam uma economia em crise como “prova” da ineficácia da receita do governo de António Costa.
Mas convenhamos que os problemas decorrentes da incapacidade de Angola absorver o volume de mercadorias e serviços, até há pouco para aí exportáveis, alimentam uma conjuntura transitória com que a direita quererá iludir os portugueses. Porque o legado por ela deixado já continha esta rota de desaceleração como o comprovam os indicadores do último semestre do ano transato. Daí que vale a pena lembrar aquele primeiro-ministro de um governo provisório do pós-25 de abril, que explicava à turba, que o viera apoiar ao Terreiro do Paço e assustada pelo rebentamento de petardos, que tudo não passava de fumaça. Ao contrário dos governos de Passos Coelho, quase inteiramente constituídos por gente medíocre, António Costa soube rodear-se de alguns dos melhores talentos da área socialista para levar por diante a recuperação da depauperada economia nacional. Por isso, e invocando uma vez mais aquele político dos nossos anos de brasa, o povo é sereno e sabe esperar pelos resultados efetivos das políticas que, ainda há pouco, começaram a florescer. Os frutos vêm dentro de momentos.
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