No «Público» um artigo de Paulo Pena dá conta de divergências à esquerda por causa da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP). Segundo escreve, o Bloco e o PCP são totalmente contra, enquanto o governo pela voz de Margarida Marques (a secretária de Estado encarregada do dossier) relativiza, garantindo a implementação apenas se estiverem garantidas as questões de soberania, que levam tantas organizações e comentadores a considerar esse Tratado como machadada definitiva no Estado Social no continente europeu.
Mas a verdadeira situação em torno do Tratado é que a própria União Europeia passou a ter bastante menos entusiasmo durante a vigência da Comissão Junker do que acontecia na época de Durão Barroso, levando o inevitável Bruno Maçães a lamentar o previsível fracasso de todo este processo. E da China, onde se encontra, ele critica o governo socialista pelo desinteresse que passou a ter pelo assunto: é que “orgulha-se” de, no governo de Passos Coelho, Portugal ser dos mais entusiastas defensores desse Tratado que bem sabemos como privilegia seriamente os interesses dos oligopólios em detrimento dos dos povos.
Felizmente, e com as recentes revelações da Greenpeace à mistura, só poderemos sentirmo-nos gratos se essa Parceria resultar num aborto sem amanhã.
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