quinta-feira, 19 de maio de 2016

O incómodo que ele lhes causa

Escrevo este post enquanto decorre na Assembleia a interpelação do CDS ao ministro Tiago Brandão Rodrigues, que se está a converter numa versão atualizada do arroseur arrosé.
O resultado tem sido tão avassalador contra os interpelantes, que indo à tosquia, acabaram tosquiados.
Que diferença em relação aos tempos de Nuno Crato como ministro! As desculpas esfarrapadas do antigo guru do eduquês  de acordo com o seu fanatismo ideológico, contrastam eloquentemente com um novo titular no cargo, capaz de explicar com seriedade qual a política do governo e o devido respeito pelo programa previamente anunciado e pela Constituição, novamente cumprida depois de quatro anos de sua contínua violação.
Tiago Brandão Rodrigues e os seus secretários de Estado - nomeadamente a brilhante Alexandra Leitão! - constituem uma equipa de competência irrepreensível, cuja inteligência afronta a mediocridade generalizada nos seus interlocutores à direita. Daí a guerra que lhe fazem os defensores de 3% dos colégios privados em Portugal, capazes de movimentarem jornais, televisões, cardeais e bispos e, até nas entrelinhas, o presidente da República para que as suas negociatas não saiam prejudicadas.
Por isso mesmo um professor auxiliar na Universidade de Coimbra, cujas competências nunca conseguiram guindar a qualquer destaque, viu chegados os seus quinze minutos de glória, procurando denegrir aquele com quem trabalhou há quinze anos e foi por ele despedido por se tratar de alguém de verdadeiramente intratável.
O ressabiamento desse frustrado, que encontrou palco à sua medida na revista do grupo Cofina - sim o mesmo do pasquim matinal de fétido odor! - é a prova de não subsistirem quaisquer argumentos à direita para defenderem o indefensável. Não admira, pois, que, dentro do próprio PSD, já se ouçam vozes mais argutas a condenarem a colagem do partido a tal campanha: aconteceu ontem no Conselho Nacional com Luís Rodrigues, antigo deputado por Setúbal, cidade onde é agora vereador municipal, a demonstrar que Passos Coelho avança cada vez mais num árido deserto sem oásis à vista.

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