Andamos nós a apurarmo-nos na paciência evangélica para olharmos mais complacentemente o segurismo, voltando quiçá a trabalhar com alguns dos seus antigos tenores, quando António Galamba veio lembrar-nos, oportunamente, a inexistência de limites para a patifaria por parte dos que quase perverteram o Partido Socialista nalgumas das suas principais matrizes identitárias.
O artigo publicado ontem no “i” é revelador da essência desse tipo de gente, cujo desejo de fazer mal já nem constitui um defeito, porque se trata de um feitio.
Querer associar Diogo Lacerda Machado, António Costa, José Sócrates, helicópteros Kamov e SIRESP pode constituir argumentação da direita, que já demonstrou ser sua natureza o uso da deturpação da realidade para fazer passar ideias falsas capazes de porem em causa o governo atual, mas nunca por quem bem sabe quanto a contragosto esses dossiers foram parar ao governo de socialista de então como factos consumados dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes.
De um suposto “socialista” não é aceitável, quanto mais perdoável, este tipo de comportamento! Há gente que tem feito tanto mal ao Partido Socialista, que justifica a aplicação de uma barrela exemplar. Porque aqui não se trata de “transparência” como alega o biltre, nem de divergência. Aqui é, pura e simplesmente, vomitar o fel de ter sido enxotado para o merecido anonimato, e dele pretender regressar pelos piores motivos.
É por isso que, enquanto o segurismo não passar definitivamente para uma ínfima nota de rodapé na história do Partido, justifica-se continuar a olhar com a maior das desconfianças para os que por ele deram a cara!
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