Luanda e Benguela andam por estes dias a ser palco de histórias de grande coragem com ativistas a organizarem sucessivas manifestações pacíficas em solidariedade com os que foram condenados a penas de prisão. Invariavelmente enfrentam sempre os esbirros de José Eduardo dos Santos, que julgam poder calar-lhes a revolta.
É pena que essa coragem não tenha o respaldo dos demais partidos angolanos, cuja cobardia força ao silêncio.
As notícias que chegam dos familiares e dos amigos, que visitam os dezassete prisioneiros políticos do regime suscitam os mais inquietantes receios porque, sobrevivendo em condições insalubres, sem água potável, nem alimentação digna desse nome, e com a partilha de espaços com homicidas e tuberculosos, correm sério perigo de vida.
Não se estranhará que surjam notícias funestas em relação a uma ou mais dessas vitimas da ditadura angolana. Perguntar-se-á, contudo, se o regime angolano será suficientemente estúpido para acreditar que possa sobreviver a uma eventual situação desse tipo. Porque a História está recheada de exemplos de autocratas a quem o medo em se verem derrubados, conduziu a encerrarem-se nos seus cercados bunkers!
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