A sondagem do «Expresso» publicada neste fim-de-semana pôs alguns socialistas nervosos no facebook ao constatarem a aproximação dos dois partidos da coligação no poder, que passaram a valer apenas menos 3,1% do que o PS.
Deverão estes números causar esse tipo de nervosismo? Não creio! Pelo contrário, a progressão do PS na mesma sondagem já o vai aproximando dos 40%, consolidando a expectativa de se vir a alcançar a maioria absoluta.
É certo que olha-se para o último mês e nada se vislumbra que justifique a progressão dos partidos do governo em 2,3%. A menos que ela possa ser explicada pela derrota dos sindicatos da TAP na greve do final de dezembro… ou pelo súbito abaixamento dos preços dos combustíveis…
Mas, quer num, quer noutro caso, não serão fatores perduráveis, que ajudem a consolidar a aparente recuperação. E os próximos tempos não se adivinham fáceis para quem continua a querer ver a realidade por um filtro, que não condiz com tudo quanto é vislumbrado pela maioria dos portugueses.
A oito meses das eleições legislativas justifica-se a total confiança em António Costa para gerir o calendário das ações do PS. Trata-se de uma corrida de fundo onde seria estultícia investir energias com a meta ainda tão distante. Importa sim, que elas sejam canalizadas para o sprint final, quando o esgotamento notório dos partidos da direita coincidir com a apresentação das soluções, que criarão nos eleitores a confiança de um ciclo de imparável mudança.
Sem comentários:
Enviar um comentário