Quase sessenta dias passados sobre a detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates, continuam a acentuar-se os sinais de desconcerto na Acusação. De outro modo, como explicar as quatro páginas do pasquim matinal com conteúdos que só poderiam provir da Rua da Escola Politécnica? E como qualificar o “conselho” de joana marques vidal ao difamado diretor do “Jornal de Notícias”?
Perante a expectativa de ter a montanha a parir um rato, resta-lhes apenas a projeção de tanta poeira quanto a possível para o espaço público na esperança de algo restar de todas as calúnias entretanto espalhadas.
O ódio a Sócrates é de tal monta que intentam, no mínimo, fazer com que perdure duradouramente a dúvida quanto á sua culpabilidade .
Citando um momento da sempre singular entrevista de João Araújo à SIC, que pensarão os juízes do Tribunal da Relação ao saberem que rosário teixeira quer fiscalizar a escolha do coletivo encarregado de apreciar o recurso da defesa? Relativizarão o verdadeiro atentado á sua honorabilidade, que tal notícia pressupõe?
Os sintomas destes últimos dias, desde o comportamento vil do sindicato dos guardas prisionais até aos últimos tiros de pólvora seca das publicações da Cofina e de álvaro sobrinho prenunciam uma reviravolta iminente em todo este processo.
Da infâmia entretanto sofrida, o preso político da cela 44 de Évora virá decerto cá para fora com a determinação em encostar à parede os biltres, que o têm denegrido, desmascarando-os e pedindo-lhes contas pelas suas responsabilidades.
Por isso, do meu passado marítimo recupero dois conhecidos provérbios, cuja fiabilidade anseio ver demonstrada com carácter de urgência: há mais marés que marinheiros e quem vai ao mar dá e leva.
Nas próximas marés, faço votos para que quem «tem dado», cometendo tão revoltantes injustiças, receba troco redobrado. Dentro dos parâmetros da nossa democracia, claro!
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