Há dias já o escrevera aqui: pensando nos amigos que fiz na Grécia, quando lá acompanhei a transformação do paquete «Infante D. Henrique» no efémero «Vasco da Gama», estava-se mesmo a ver no que davam as chantagens da senhora merkel e dos seus cúmplices na tentativa de manutenção da austeridade custe o que custar nas políticas europeias. A cinco dias das eleições o Syriza vai dilatando a distância que o separam do partido de Samaras.
Está longe dos 36%, que lhe possam garantir a maioria absoluta? Pois está! Mas bem sabemos como é frequente o efeito dos indecisos dispostos, à última da hora, a colarem-se ao partido vencedor!
O problema maior será o que se seguirá já que faltam ao Syriza os quadros com que possa ocupar todas as frentes da Administração Pública para que os boicotes internos de que será alvo possam ser minimizados!
Mas quem alguma vez pensou que poderia ser fácil? Que me lembre só um António José Seguro assegurava que assim seria.
Seja na Grécia, em Portugal, na Suécia, na Dinamarca, na Itália ou na França, grandes são os obstáculos a superar pela esquerda socialista para concretizar políticas dignas dessa identificação. Mas que, como dizia uma célebre canção francesa. «Ah, ça ira, ça ira!»
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