sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Quem define o quando e o como

E no último dia do ano António Costa foi visitar José Sócrates. Acabou assim com mais um tabu, que lhe quiseram colar, mas desfeito quando e como entendeu.
É a isso que os jornalistas e a direita, que a quase todos norteia, já se deveriam ter habituado. Bem podem exigir programas antecipadamente, respostas para isto ou para aquilo, que o líder do Partido Socialista tem a plena noção do momento certo para dar cada um dos passos necessários até chegar a setembro e conquistar uma maioria significativa de votos nas legislativas.
A experiência já demonstrou a falta de escrúpulos da direita na criação de casos onde não existem. Os próximos tempos virão aferir se um deles não será a forma como um setor da magistratura lançou este ataque à dignidade e ao bom nome de José Sócrates.
O problema para os que dão tratos à cabeça para saberem como poderão pôr em causa o prestígio de António Costa é não conseguirem encontrar munições eficazes para o alcançarem. Por agora vão-se concentrando na utilização da narrativa sem pés nem cabeça, que criaram em torno do antigo primeiro-ministro (é a versão passos coelho com os remoques sobre o “enriquecimento ilícito”) e em elogios enfáticos à política do governo (é a escola josé gomes ferreira). Sem esquecer a porfiada tentativa de ana lourenço em querer dar de António Costa a imagem de não saber o que ele propõe, sempre que apanha um entrevistado a jeito para lançar esta reiterada farpa envenenada.
Muito experiente e arguto, António Costa mostra-se dono do seu calendário e por isso põe a direita na defensiva. É que, quando ela o quiser atacar nas propostas a apresentar, dificilmente conseguirá passar o teste da credibilidade inerente a contrapor com aquilo que já demonstrou não querer nem ser capaz... 

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