Parece que o governo anda muito entusiasmado com os sucessivos ataques, que vem fazendo a António Costa. Até há quem se vanglorie de se ter conseguido com isso diminuir as divergências entre o PSD e o CDS, já que ambos comungam a urgência de combaterem o próximo primeiro-ministro.
Mas já José Sócrates o referira: António Costa só pode sentir-se agradecido por dele darem notícias todos os dias. É que estes ministros e secretários de Estado cristalizaram tão grande repúdio na maioria dos portugueses que qualquer maledicência saída dos seus lábios funciona maioritariamente como elogios.
Depois, apesar de estarem no poder há mais de três anos, os que ainda ocupam as cadeiras do poder nada aprenderam com os seus erros e cálculos furados: em muitos aspetos continuam a revelar a imaturidade dos adolescentes tardios, que entre as piadas parvas por ninguém entendidas, como sucede nos discursos de passos coelho, e as de um inqualificável mau gosto, como as de pires de lima, dificilmente beliscam um político experiente e responsável, capaz de responder com tiros eficazes aos disparos atabalhoados, com que dezenas de maus atiradores o tentem atingir a partir dos gabinetes ministeriais.
Veja-se o caso das taxas aplicáveis aos turistas em Lisboa: para além das entrevistas dos telejornais aos visados não corresponderem ao que os (des)governantes gostariam de os ouvir dizer, o desafio para que as comparassem com as impostas pelo Governo nos aeroportos, nos hotéis e nos restaurantes, só funciona como ricochete certeiro em quem o julgava atingir.
Já nas Primárias do PS António Costa demonstrara uns nervos de aço (ou uma «paciência evangélica») contra com quem se lhe opunha.
Felizmente que a direita nada aprendeu com o sucedido e dispõe-se ela própria a imitar quem saiu inapelavelmente derrotado.
Façamos votos, que continuem assim: o resultado só pode ser aquele que todos os socialistas tanto desejam!
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