De há muito que tenho encarado os jogos de futebol como espaços de eleição para deles extrairmos algumas metáforas pertinentes sobre a vida.
Se virmos uma equipa de futebol como uma organização, a forma como se afirma, se intimida, se excede nas forças e capacidades, se submete ao adversário, tenta colocar a bola mais no campo contrário ou tapar a baliza com quantos jogadores possui, diz muito sobre quem a lidera.
Vem isto a propósito do jogo de ontem da nossa seleção com a Alemanha, que constituiu um espelho fiel do Portugal de passos coelho. Os quatro a zero sofridos da Alemanha estão claramente em linha com a forma como o governo português se tem submetido à vontade de Angela Merkel, sem outra atitude que não seja a passividade perante o que julgou interpretar como a sua vontade.
Se pensarmos num jogador que equivalha a passos coelho temos como exemplo lapidar o defesa Pepe que, estupidamente, abandonou o jogo ainda ele estava no início: o ainda primeiro-ministro decidiu não confrontar o adversário optando voluntariamente por um comportamento, que o tornou na principal menos-valia destes três anos.
Quem em campo mais se assemelhou a paulo portas foi Rui Patrício: supostamente devia defender o reduto de que se propusera intrépido guardião - os contribuintes, os reformados, os agricultores e todos a quem andou a prometer mundos e fundos antes de iniciar o jogo. O resultado viu-se: não só não defendeu a baliza, como contribuiu ativamente para que ela fosse sucessivas vezes fustigada.
O meio-campo português lembrou cavaco silva: nem andou, nem desandou, primando pela quase inexistência em campo. E, nas vezes em que se o viu foi para ainda mais assustar os defesas que, à retaguarda, tentavam evitar o pior. Estes evocaram o ainda líder da oposição, sempre aflito perante circunstâncias, que o andaram a atropelar e a atirar bolas para a frente na esperança de se libertarem da pressão em que se enleavam.
E temos enfim Cristiano Ronaldo: ele sugeriu parecenças com a nossa geração de jovens altamente qualificados e talentosos, que passos coelho mandou emigrar e que, apesar de todo seu valor não lhe foi permitido brilhar ao serviço do País!
Em suma: depois da humilhação sofrida esperamos que os próximos jogos já não tragam uma seleção à imagem e semelhança do estado atual do país, mas de acordo com o que ele promete ser quando a nova liderança do Partido Socialista tratar de lhe dar novo rumo!
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