Nos jornais, que abordam os acontecimentos deste fim-de-semana, surge a previsão do fim do verão como a data previsível para a disputa da liderança do Partido Socialista. A tal acontecer será sempre por responsabilidade de António José Seguro, que foge ao veredito dos militantes esperançado em que eles se esqueçam, entretanto, dos pífios resultados obtidos nas eleições europeias.
Estão-nos, pois, prometidas morosas semanas de ridículas selfies, de discursos redondos e de figuras de coitadinho para impressionar os eventuais corações piegas de quem ainda não concluiu o óbvio: que António José Seguro não tem perfil, nem carisma para ser o secretário-geral do PS, quanto mais para vir a aspirar às funções de primeiro-ministro de Portugal.
Serão, pois, de temer os efeitos da sua teimosia nas sondagens, que se irão publicar nesse período e que atestarão uma penalização do PS e uma eventual recuperação da direita
Se, nessa altura, a direita conjeturar aproveitar-se de tais circunstâncias para precipitar eleições antecipadas, irá encontrar o PS num tal estado de fraqueza, que o risco de derrota cresce avassaladoramente.
Será isso o que António José Seguro e a corte do Rato pretendem? Mesmo que à custa de uma derrota, pretenderão assacar culpas não à sua incompetência em chamarem a si o apoio dos eleitores, mas a de quem muito legitimamente os desafiou. Afiarão então as facas longas como esteve implícito nas ameaças proferidas por António Galamba a João Galamba?
A tal acontecer o Partido Socialista terá um lamentável crepúsculo, quarenta e um anos depois da sua refundação em Bad Münstereifel, comparável ao que o PASOK está a conhecer na Grécia.
Cumprir-se-á então a verdadeira identificação de António José Seguro com o general Pirro, não tardando que uma telha qualquer - no sentido metafórico! - lhe acerte na cabeça e lhe precipite o fim, tal qual aconteceu a essa personagem histórica do século III a.C.
Perante um cenário, que se afigura como perfeitamente possível - e bem sabemos como a direita não tem qualquer escrúpulo em utilizar os meios ao seu alcance para dificultar a indigitação de António Costa como secretário-geral do PS a começar pela utilização dos fóruns nas televisões e nas rádios! - é lícito que os militantes desejem uma rápida definição da liderança do partido.
Realizar um Congresso Extraordinário tão rápido quanto possível, acompanhado de eleições diretas para secretário-geral, é a única forma de evitar um cenário de catástrofe para o Partido e, pelo contrário, possibilitar-lhe o reforço da sua influência junto do eleitorado a exemplo do sucedido em 2004. Só assim será possível uma maioria absoluta em 2015!
Com uma nova liderança, que efetivamente o saiba se, o que não é o caso do atual secretário-geral!
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