quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O topete de querer avisar quem passa bem sem tretas dessas!


Pela chinfrineira, que os seus apoiantes terão produzido à porta do tribunal do Barreiro, Bruno de Carvalho contará ainda - no juízo de Marcelo Rebelo de Sousa - com uma apreciável base social de apoio.
No reino das aparências e das selfies em que o titular do cargo de Presidente da República se move, tanto basta para que se seja popular. Que importa se, daqui a umas semanas, mais alguns dos arguidos do caso das agressões de Alcochete deem com a língua nos dentes e ele volte á cadeia, se sai agora como herói da intimação judicial a que foi sujeito?
Marcelo mandou o seu altifalante favorito no «Expresso» (Ângela Silva) «avisar» - e o termo escolhido foi mesmo esse! - António Costa e Rui Rio quanto a terem ou não apoio real junto dos eleitores. Com essa jogada de manipulação mediática ele pretende não só equiparar o primeiro-ministro com o líder da oposição, como pôr-se um degrau acima deles. Marcelo quer-se pôr de cátedra a chumbar os que pretende tratar como alunos, usando a mesma discricionariedade já sua conhecida, quando integrou o painel de examinadores, que chumbou Saldanha Sanches, quando o reconhecido melhor especialista em Direito Fiscal se lhe submeteu na prova de doutoramento. A ignomínia de quem participou nesse nefando chumbo, pouco tempo antes da sua vítima sucumbir a um cancro, nunca foi devidamente denunciada.
Mas existe alguma possibilidade de se equiparar António Costa com Rui Rio ou com o próprio Marcelo? Claro que não!
O primeiro-ministro tem exercido uma governação, que melhorou significativamente a qualidade de vida da grande maioria dos portugueses e lhes deu esperança em melhor futuro, depois de quatro anos de deriva direitista marcada por cortes de rendimentos e de direitos. Ao contrário dele Rio não tem mostrado nem projeto para o país, nem capacidade de apresentação de medidas concretas, que se revelem melhores do que as implementadas. Pelo contrário o universo laranja lembra aquela imagem dos lusitanos que, no dizer de um chefe romano nem se governam, nem se deixam governar.
Marcelo, pelo seu lado, já leva trinta e dois meses de presidência e nada fez de assinalável. Se questionarmos os seus mais entusiásticos apoiantes para que nos apontem uma única decisão que seja, capaz de se revelar emblemática de uma magistratura exemplar, o que têm para nos elucidar? Que deu muitos beijinhos a criancinhas e a velhinhas? Que se fez fotografar um pouco por todo o lado? Que vetou leis, de que ninguém se lembra quais foram e promulgou a grande maioria das que lhe puseram à frente para assinar?
Quem merece uma base social de apoio maioritária entre os eleitores é António Costa e a maioria parlamentar, que lhe tem permitido mudar o país para melhor. Marcelo apenas explora a manipulação e a razão de ser dos jornais e televisões cujos proprietários querem desfazer o que de bom tem sido feito, para alimentar a imagem falsa de ser um político que mereça ser respeitado.

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