Dado que discordo de uma imprensa apostada em casos tratados com ligeireza ou farto contributo de falsidades, sinto alguma ambivalência por Marcelo Rebelo de Sousa estar a provar o veneno das notícias tendenciosas sobre Tancos, criadas para dar munições às direitas na propaganda contra o governo, e que ele próprio andava a aproveitar para lhes servir de câmara de ressonância. Depois de meses e meses a dizer que queria saber a verdade toda, doesse a quem doesse, eis que uma reportagem televisiva vem-no pôr ao mesmo nível de suspeição, que os ministros de António Costa.
Perante tais «provas», que irão fazer Rio e Cristas? Convocam, igualmente, Marcelo para comparecer na Comissão Par(a)lamentar? Ou, de uma vez por todas, dão força a quem tem dito o óbvio: tão, ou mais, grave quanto o encobrimento, terá sido o roubo das armas, sobre as quais as direitas manifestaram nenhuma preocupação. Ora deveria ser esse o padrão de exigência a manifestar para com o lento Ministério Público, que levará tempo a libertar-se da «cultura» nele deixada pelo longo consulado da anterior procuradora...
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