domingo, 11 de novembro de 2018

As escolhas elucidativas de Rio e de Cristas


Um dos nossos mais destacados comentadores de política internacional é Bernardo Pires de Lima, apesar da persistência atávica numa perspetiva claramente de direita. Daí que seja curioso o texto por si publicado na edição dominical do «Diário de Notícias» em que desaprova implicitamente o apoio dado por Rui Rio e Assunção Cristas ao eleito pelo Partido Popular Europeu para substituir Jean Claude Junker. Referindo-se aos sucessivos ataques de Viktor Orban aos direitos fundamentais dos seus cidadãos, Lima lembra que Manfred Weber “não tem feito outra coisa senão acomodar todos os atropelos à liberdade e ao Estado de direito protagonizados pelo primeiro-ministro húngaro.” 
E acrescenta sem tibiezas: “o que fica para a história é a opção feita por um político sem qualquer experiência governativa na Alemanha ou na sua Baviera, e sem ter feito mais na vida do que permanecer há 14 anos embrenhado na política de corredores do Parlamento Europeu. É desolador que, num momento crucial para o futuro próximo da Europa, seja isto que a sua maior bancada parlamentar tem para oferecer à União.”
Desolador é, pois, que os líderes das direitas lusas deem o aval a tal tipo de político. Mas só Isabel Moreira parece ter alguma ilusão quando, no «Expresso online» deste fim-de-semana, apela ao ressurgimento de uma vertente democrática nessa área partidária. Como dizia alguém no facebook a propósito da deputada laranja, que assinava o ponto pelo colega Silvano, ela ainda parece acreditar no Pai Natal, quando se trata de apostar em direitas diferentes do que conseguem ser...

Sem comentários:

Enviar um comentário