A leitura dos jornais dá-nos muitas vezes matéria para pensarmos se quem escreve certas opiniões não se dá conta da lógica absurda dos seus raciocínios. Por exemplo dias atrás um colunista do «Expresso» atinha-se nos 19 mil habitantes a menos no território português para concluir que, a prosseguir tal ritmo anual de decrescimento demográfico, daqui a dois séculos e meio não estaria ninguém neste cantinho à beira-mar plantado.
Não é que tal hipótese seja implausível tendo em conta a facilidade com que algum Trump maldisposto se decida a carregar no botão, ou a morosidade em corresponder eficazmente ao aquecimento global. Mas evitando-se um e outro perigo há lá alguma hipótese de a Humanidade abdicar de um dos seus mais aprazíveis lugares para se viver? Eu que andei por «ceca e meca e olivais de Santarém», com quase uma centena de países de permeio, nunca encontrei sítio melhor onde gozar merecida reforma.
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