Temos conhecido evidências sucessivas sobre o forrobodó das últimas semanas de desgovernação de Passos Coelho. A venda de empresas a pataco e as concessões mais do que suspeitas a obscuros interesses internacionais deveriam ser objeto de atenta investigação do ministério público pois, quando se pratica um crime - e quase todos esses casos são-no enquanto voluntária intenção de lesar a maioria dos cidadãos! - há por certo pagamentos crapulosos a quem os fomentou.
Seria, porém, esperar demasiado de procuradores, que conseguiram ser cegos a tudo quanto de estranho se passou no negócio dos submarinos e à atividade filantrópica do conhecido Jacinto Leite Capelo Rego.
Enquanto não se analisa aprofundadamente o sucedido e se identificam os responsáveis, resta ao governo ir corrigindo o que então se decidiu. É nesse contexto que conhecemos a travagem à exploração e prospeção de petróleo na costa algarvia. Uma inflexão saudada por populações e autarcas, que sentiam ameaçados os fatores de atração dos muitos milhares de turistas estrangeiros tão necessários ao crescimento do PIB.
Numa entrevista ao «Público» o ministro lamentou, porém, a maioria formada pela direita e pelo PCP para impedir a aprovação de uma taxa sobre as munições de chumbo utilizadas na caça. É que, já se tendo conseguido extirpar esse metal das tintas, dos combustíveis e das canalizações, essa coligação negativa impediu a limitação das 150 a 200 toneladas de chumbo anualmente espalhadas pelo nosso território. E que, poluentes, constituem um fator sério de perigo para a saúde pública.
Não seria, porém, a pior notícia para quem se interessa por questões ambientalistas, porque um estudo acabado de divulgar confirma o perigo de extinção do lince ibérico pela escassa diversidade genética nos animais ainda existentes.
Henri Rousseau
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