O setor arcaico da sociedade portuguesa representado pelos bispos e pelo cardeal patriarca, antes tão entusiasmado com a desgovernação passista (pudera! Se a solução para os “pobrezinhos” assentava nas jonets e outras “caridosas” alternativas!) andam agora a silenciarem os engulhos de se verem secundarizados como vozes que não contam.
A exceção tem estado na educação, onde estiveram na linha da frente pela defesa dos colégios privados indevidamente subsidiados pelo Estado (em que cuidam de ir influenciando as criancinhas com as suas mentiras e preconceitos), e agora ressurgem a propósito da Educação Sexual nas escolas. Um saudosista do nosso salazarento passado anda a liderar um movimento para que se não confrontem os jovens alunos (e sobretudo alunas!) com um direito que lhes está legalmente garantido, que é o de disporem do próprio corpo, abortando de um feto indesejado dentro dos prazos estabelecidos pela lei.
A luta pelos direitos conquistados pelas mulheres nas últimas décadas não está consolidada. Tem de se manter ativa diariamente, porque existirão sempre este tipo de mentalidades religiosamente embotadas, que nunca cessarão de fazer o tempo voltar para trás...
Paula Rego
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