Ontem tive um dia em cheio enquanto apoiante entusiástico da candidatura do Professor Sampaio da Nóvoa à presidência da República.
Primeiro foi a conferência na Faculdade de Letras, onde pude ouvi-lo falar da importância do Conhecimento, da Cidadania e do Desenvolvimento como eixos primordiais de um novo ciclo político, que desejamos ver consagrado se quisermos um país mais consonante com as aspirações de quem nele vive.
Num evento com um excelente naipe de oradores, e organizado pelo Cláudio Fonseca, foi possível ver equacionados muitos dos problemas que se colocam ao nível da educação e da participação cívica, bem como das formas de as dinamizar.
Depois, chegado a casa, estava quase a iniciar-se a entrevista à TVI e à TVI24, onde o Professor foi esclarecedor em relação ao que faria se já estivesse a lidar com o atual momento político a partir do Palácio de Belém.
Sem fugir a nenhuma das perguntas do entrevistador, denotou a ponderação, a sapiência e a isenção, que fazem dele, de longe, o melhor dos candidatos à sucessão de cavaco. É eloquente o contraste entre a gravitas da sua postura e a do principal oponente, que dificilmente se conseguirá dissociar da informalidade da condição de ex-comentador político.
Preto no branco, Sampaio da Nóvoa confirmou que daria a passos coelho a oportunidade de testar o seu governo na Assembleia da República por ser este o tempo dos deputados. E, depois, não deixaria de convidar António Costa para apresentar, e fazer aprovar, o programa concertado entre os quatro partidos comprometidos com o futuro governo.
Esta clareza é a que nem maria de belém, nem marcelo rebelo de sousa demonstraram até aqui, mantendo-se no registo do tipo “não me comprometam”.
Confio que, na hora de votar, o imaginário coletivo operará a escolha adequada entre quem tem pensamento e pose de presidente e aquele que soará a falso no mimetismo de tal aparência.
Esta oportunidade para se dar a conhecer aos eleitores, que ainda têm andado desatentos quanto à sua personalidade, aumentou-me a confiança quanto a uma passagem à segunda volta, onde a convergência dos votos da esquerda infligirá ao candidato da direita mais uma derrota, logo ele que julgaria, enfim, escapar à maldição, que o parece acompanhar sempre que se abalança a outros voos, que não os de entertainer televisivo.
Durante a campanha eleitoral, e particularmente nos debates televisivos entre os diversos candidatos, o Professor Sampaio da Nóvoa sobressairá pela inteligência dos seus argumentos.
A espécie de sortilégio, que consegue sugestionar em quem o ouve, será determinante para virmos a contar em Belém com um Presidente, que devolva à função a dignidade e o respeito, que conheceu com Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio - todos seus apoiantes! - no que ela significa a assumida representação de todos os cidadãos, sem quaisquer preconceitos ideológicos...
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