terça-feira, 20 de outubro de 2015

Notícias do fim do apartheid

 A direita está triste porque acabou o apartheid. Eis o título da sugestiva crónica de José Vítor Malheiros inserida no «Público», onde defende a legitimidade de os partidos de esquerda se reunirem onde e quando quiserem e, sobretudo, o dever de António Costa em trabalhar nesta alternativa à governação da direita. Porque, doravante, os defensores da TINA (There is no alternative) nos diversos jornais e televisões não voltarão a ter o ensejo de chorar lágrimas de crocodilo pela impossibilidade de convergências à esquerda para justificarem os seus indisfarçáveis apoios à direita.
A esquerda no seu todo vive a oportunidade histórica de pôr de lado os sectarismos, que só à direita aproveitaram, e iniciar uma nova fase na vida política nacional.
É claro que, quer interna, quer externamente, será sujeita a grandes provas de fogo, mas, a conseguir manter a unidade em torno de alguns denominadores comuns fundamentais, poderá desmentir todos quantos já preveem a pasokização do PS e a perenização da direita no poder.
Até porque os tempos prometem vir a ser árduos para os schäubles e os seus discípulos: os resultados pífios de uma receita ideológica só suportada pelos medinascarreiras, que sempre surgem nestas ocasiões, obrigá-los-ão a ceder o lugar a quem já compreendeu serem outras as escolhas a fazer para que a Democracia não seja definitivamente esmagada pela visão estreita dos tecnocratas da troika. E a aspiração dos povos à liberdade é sempre mais forte do que as capacidades dos que lha querem sonegar...

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