Eu sei que, em anos idos, paulo portas foi useiro e vezeiro em eficazes tiradas demagógicas, que ia distribuindo pelas feiras e mercados.
Era o tempo em que se proclamava provedor dos reformados e pensionistas, dos contribuintes, dos agricultores ou dos pescadores.
Agora, o paulinho das feiras já não se arrisca a palmilhar os espaços onde ganhou fama e proveito. A experiência de Braga ensinou-lhe que é melhor resguardar-se na proteção dos corpulentos seguranças da campanha do PAF do que arriscar os insultos, se não mesmo as agressões, de quem se sente indignado com tudo quanto fez ou deixou fazer nestes quatro anos.
Ao sentir inviabilizada a anterior forma de propaganda, paulo portas tenta encontrar alternativa nos discursos diários em que se imagina com a verve de outrora, quando era diretor do «Independente» e o importante resumia-se em encontrar capa concupiscente, capaz de atrair o interesse dos leitores. Por muito que tudo se resumisse a mais um chorrilho de mentiras, amiúde suscetíveis de o levarem a tribunal por difamação!
Não interessa que seja mentira descarada o que diz a respeito do programa do PS: conquanto julgue encontrada uma frase vistosa, que possa perdurar no subconsciente dos mais influenciáveis, logo se compraz consigo mesmo.
Impossibilitado em fazer promessas, que sejam credíveis, depois de tantas ter quebrado, portas está encurralado na falta de argumentos. E, por isso, repetirá mentiras atrás de mentiras durante estes dez dias na esperança de alguma surtir o efeito pretendido: desviar votos da temida maioria absoluta de António Costa…
Mas, tendo a seu lado, outro campeão da mentira, portas decerto não se sentirá sozinho...
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