Mentira, músculo, maná, medo e mistificação: eis cinco dos seis emes, que António Correia de Campos associou à campanha do PáF até agora.
Com sucesso? Se acreditarmos nas sondagens, parece que sim! Mas a sua fiabilidade vai confrontando-se diariamente com o que se vê nas ruas de norte a sul do país. Uma persistente rejeição da campanha de direita, condenada a cingir-se a espaços fechados e sucessivos banhos de multidão para António Costa.
É crível que a CDU e o Bloco possam ver reforçados os seus grupos parlamentares. Mas não teve Sócrates a maioria absoluta, quando o então partido de Louçã conseguiu o dobro dos deputados, que agora tem? Um ou dois assentos parlamentares a mais estarão longe de equivaler aos oito entretanto perdidos!
O que não joga a bolota com a perdigota é a suposta liderança da direita nas tracking polls, que criam a aparência de disputa apertada de vitória para criar o efeito de imitação nos mais sensíveis à propensão para se colarem aos vencedores. Há sempre uns estarolas, que gostam de festejar e por isso se juntam a quem tende a linchá-los na primeira oportunidade...
Será que tal estratégia, embora hábil, pode resultar? Não acredito até por ver, ouvir e ler testemunhos de quem, mesmo indeciso, tem a convicção de não suportar tanta desgovernação para os próximos quatro anos. E que, por isso mesmo, não faltará ao imperativo do voto no dia 4.
Tratar-se-ia de um singular case study a concretização da hipótese académica de um poder odiado voltar a enganar quem tanto prejudicou. Por isso Correia de Campos acaba a falar da Maré, que logo o varrerá como maremoto.
Daqui a uma semana, já destilados os copos de espumante, estaremos aqui a constatar quão desconcertados se revelarão (ou será que silenciarão o seu despeito?) os apressados profetas da aposta em como as coisas continuariam a ser como eram...
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