À medida que o dia das eleições legislativas se vai aproximando passos e portas vão pressagiando o desastre eleitoral, que os espera.
Poucas dúvidas terão quanto à forte probabilidade de vir-se a tratar da maior derrota eleitoral da direita no seu todo desde que há Democracia, superando mesmo a de 1975, quando somaram 34% para a Assembleia Constituinte.
Vão-no patenteando na sensação de se verem acossados desde Braga a Ofir, de Paço d’Arcos ao Porto, sempre encontrando gente que, em grupo, ou individualmente, não lhes deixa de verberar a péssima governação destes quatro anos.
Uma frase de campanha emitida pelo ainda primeiro ministro revela implicitamente o que lhe vai na alma: “Prefiro perder as eleições do que ganhar de qualquer maneira e depois passar uma fatura demasiado cara aos portugueses”.
É claro que ele não quis dizer propriamente o que lhe ouvimos, já que tem utilizado todos os meios ao seu alcance para, sem o menor escrúpulo, manter-se agarrado ao tal pote de que se pretendia tão afeiçoado. Mas reconhece a pesadíssima herança, que lega ao próximo governo ao reconhecer a inevitabilidade de, a ser reeleito, passar uma caríssima fatura aos portugueses.
Porque sabe que vai perder, passos começa a preparar o discurso da derrota a 4 de outubro quando, ao demitir-se da presidência do PSD, sentirá intimamente o alívio de se ter livrado de areia demasiada para a sua camioneta.
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