terça-feira, 8 de setembro de 2015

Mentir, mentir, mentir...

Ontem à tarde, ao fazer zapping pelos canais de notícias, apareceu-me o ainda líder parlamentar do psd, luís montenegro, a mentir com quantos dentes (verdadeiros e postiços) tem na boca.
O tema era o da Segurança Social e ele argumentava com umas  inventadas contradições  entre as palavras de António Costa e as de alguns dos seus principais colaboradores, concluindo que o PS não saberia bem o que pretenderia.
Ao ouvi-lo foi fácil concluir que estamos a assistir à mais rasteira forma de fazer política, que se traduz na conciliação da lógica do «agarra que é ladrão» com aqueloutra, aprendida com goebbels, em que se repetirão tantas as vezes as mesmas mentiras quantas as necessárias para convencer o máximo número de distraídos.
A realidade sobre o setor é outra e sistematiza-se numa mão-cheia de factos insofismáveis:
- fruto da elogiada reforma de 2007, o PSD e o CDS herdaram um sistema de Segurança Social com saldo positivo e sustentabilidade garantida;
- tal reforma levada a cabo pelo ministério liderado por Vieira da Silva foi considerada uma referência internacional e estudada por outros governos europeus;
- o buraco de muitos milhões de euros  (6 segundo passos, 9 alega portas, 14 aposta marco antónio) foi criado pela coligação de direita ao cortar salários e pensões e destruir emprego a uma escala brutal;
- por muito que o queira esconder, a direita comprometeu-se com a Comissão Europeia a espoliar 600 milhões de euros aos reformados;
- o projeto de plafonamento de pensões não tem outro objetivo ideológico senão o de transferir verbas da Segurança Social para fundos financeiros especulativos;
Sem argumentos em que se possam fundamentar, resta aos montenegros o da mentira mais despudorada...


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