Convenhamos que já cansa a conversa sobre o facto de ter sido o governo de José Sócrates a precipitar o país na situação delicada, que obrigou à vinda da troika em 2011.
Se é muito fácil fazer prognósticos no final do jogo - e, então, a seis ou sete anos de distância muito mais! - a verdade é que o Portugal despesista de que passos coelho se fez tão crítico foi muito estimulado pela convergência entre comunistas e pê-ésses-dês, quando andaram a exigir hospitais, maternidades e escolas em cada rua deste país sob o argumento das distâncias inaceitáveis para doentes, grávidas e crianças alcançarem os estabelecimentos de que eram utilizadoras.
Antes da crise dos subprimes, quem queria ouvir falar em austeridade? Quando o governo socialista debatia com os sindicatos os aumentos possíveis na função pública, logo contava com críticas à direita e à esquerda no parlamento por não se mostrar mais pródigo.
Enquanto o governo de Sócrates queria apostar nas energias renováveis e outras tecnologias de futuro, as oposições apostavam numa catadupa de cadernos reivindicativos a nível local, que travava o dinamismo modernizador, que se pretendia incrementar.
A direita coligada no PAF nunca quis outro modelo económico para o país, que não passasse pela privatização de tudo quanto ainda estivesse minimamente no domínio do Estado e com uma pauperização tal da população, que se tornaria competitiva pelo seu baixo custo e nenhum poder reivindicativo aos capitais estrangeiros, aqui dispostos a investir em empresas capazes, por outro lado, de garantirem empregos bem remunerados aos catrogas e aos mexias, que lhes tivessem preparado a sementeira.
Hoje temos uma direita tão pouco escrupulosa, que nem se importa de vender meio país a empresas dependentes do Estado Chinês conquanto Pequim não se esqueça de ir premiando os seus boys e os seus seniors com as pratadas de lentilhas a que se sentem com direito.
Por isso mesmo o velho conceito de patriotismo, que pareceu em tempos estar quase inteiramente reivindicado pela direita - então em nome de valores colonialistas - deixou de por ela ser assumido.
Pelo contrário, nos dias de hoje, é a esquerda a mostrar-se inequivocamente patriótica ao apostar seriamente na valorização dos portugueses através da qualificação académica e profissional, do apoio à investigação e aos empreendedorismo e ao combate à pobreza. O modelo do Partido Socialista é o de um país capaz de se desenvolver recorrendo às capacidades e e competências de quem nele vive e trabalha.
No dia 4 de outubro não é difícil a opção: ou aceitamos viver na apagada e vil tristeza prometida por passos & Cª ou ousa-se atalhar caminho para um país moderno, desenvolvido e bastante menos desigual…
É por isso que neste mês não pouparemos esforços para alcançarmos a vitória que merecemos!
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