Estava escrito que passos coelho não poderia aguentar por muito mais tempo a postura de se fingir de morto enquanto candidato às legislativas, ao mesmo tempo que aproveitava todos os ensejos da função de primeiro-ministro para ostentar a aparente gravitas de estadista.
Foi só comparecer nos debates e o caldo entornou-se por completo. E não só com António Costa - embora esse tenha sido o ensejo de 3,5 milhões de portugueses constatarem a sua triste figura! -, já que também Catarina Martins o encostou totalmente às cordas.
Os mais iludidos dos passistas ainda redarguirão: «Pois! Mas a entrevista ao ‘Correio da Manhã’ correu bem!». Mas, pode-se aceitar que esse exercício grotesco do entrevistador em elogiá-lo de princípio a fim, mereça alguma credibilidade? Pode-se até dizer que esse excesso de servitude equivaleu à tentativa de passos em se servir da arma Sócrates no debate com António Costa: tudo o que é demais perde eficácia e até enoja!
Ainda assim não duvidemos que o sobrinho de dias loureiro não deixará de avançar com uma entrevista do mesmo tipo-frete na RTP para ver se consegue limitar os danos de uma semana nefasta do ainda primeiro-ministro no audiovisual.
Mas o passos candidato também teve de deixar de se fingir de morto nas ruas e mercados do país. E o primeiro ensaio foi o que se viu: em Braga bem podia portas alegar a presença dos «mesmos do costume», que todo o país viu gente indignada a querer correr com quem tanto a prejudicou.
A exemplo do rio que ganha um último fluxo antes de secar de vez, a coligação de direita terá tido o seu derradeiro fulgor na mais do que duvidosa sondagem da Aximage. E até ao dia das eleições tudo tende a agravar-lhe a previsível aridez...
Sem comentários:
Enviar um comentário