A notícia da saída de José Sócrates do Estabelecimento Prisional de Évora constitui uma boa notícia, que não deve ser contaminada com aquelas elucubrações da direita a respeito de quanto ela prejudicará, ou não, o Partido Socialista para as eleições, que decorrerão de hoje a um mês.
O que está em questão é continuarmos sem saber os argumentos pelos quais se teve um ex-primeiro-ministro preso durante mais de nove meses, recusando-se-lhe o mais elementar direito à presunção de inocência. Pergunta que terá de ser bem explicada, e assumida nas respetivas responsabilidades, para que não nos voltemos a confrontar com esta aparência de impunidade dos magistrados e juízes em relação à prepotência das suas decisões infundamentadas.
Mas ainda há que manifestar o nosso agrado por, desta feita, carlos alexandre nem sequer ter colocado a possibilidade de pulseira eletrónica, sabendo de antemão qual seria a resposta de José Sócrates sobre tal possibilidade.
Estando quase a concluírem-se os prazos para que seja ou não lavrada acusação, continuo a acreditar que toda a Operação Marquês saldar-se-á numa enorme montanha, incapaz de parir o mínimo roedor...
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