“Desaparecidos”, chama-lhes Augusto Santos Silva aos que em tempos idos estiveram tão ativos a combater os governos socialistas e hoje quase não fazem sentir a sua presença.
De facto, que é feito dos precários e indignados, que chegaram a organizar manifestações e grandoladas? Que é feita da acutilância passada do PCP e do Bloco, quando fizeram a vida negra ao anterior governo e, agora, se limitam a ir marcando o ponto em intervenções de circunstância e escassa substância? E o tal jornalismo de investigação, que era tão ativo a denunciar casos de nepotismo e corrupção, e agora se cala perante a falsificação dos números e o eleitoralismo chocante da agenda de inaugurações e de visitas do governo?
Há que o constatar: no terreno só os socialistas estão a lutar consequentemente pelo fim destas políticas austeritárias. Estranhamente os desaparecidos entraram em fase de astenia, porventura a reservarem as energias para quando designarem o governo de António Costa como inimigo de estimação.
Ai esta permanente tendência da esquerda radical em vocacionar-se como colorida tropa fandanga da direita!
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