Hoje as atenções estarão viradas para a entrevista, que Filipe Luís fez a António Costa e publicada na edição da revista «Visão» desta quinta-feira.
Como de costume a maioria dos comentadores enfeudados ao atual governo tratarão de a desvalorizar, considerando que nada conterá de realmente novo. É a tática escolhida pela direita para esta campanha: arranjar uma catadupa de altifalantes a repetirem até à náusea as mesmas falácias!
Compreenderão os marketeiros do PAF que tudo quanto é demais também enjoa?
Nesse trabalho jornalístico, António Costa constata a abissal diferença entre a sondagem sentida diariamente nas suas ações de campanha com as muito diferentes das percentagens anunciadas nos jornais e televisões. Ora, são os contactos com milhares de portugueses, que lhe pedem para «correr com eles», a darem-lhe a confiança para acreditar na grande maioria necessária para levar por diante o programa do PS.
É claro que numa publicação do universo Balsemão não é de admirar que o título chamado para a capa seja ainda respeitante à questão dos cartazes. Trata-se de outra variante da mesma tática da direita: manter aberta, enquanto pode, uma questão já mais do que esgotada.
Ontem foi elucidativo ver como a locutora Ana Lourenço da SIC Notícias se esforçou por reacender o mais possível a chama apagada com a demissão de Ascenso Simões de diretor de campanha e que, durante grande parte do seu noticiário, procurou explorar.
Quando João Galamba lhe respondeu, como ela estava a merecer, foi notório o ar enjoado com que prosseguiu o debate com o oponente laranja de serviço. E, logo de seguida, foi vê-la a dar galhardamente a palavra a Luís Bernardo que, como notório segurista, tudo fez para denegrir a campanha do seu partido e, sobretudo, pôr em causa a personalidade de António Costa.
Aos derrotados nas primárias de setembro transato ainda custa a engolir os resultados de então e tudo fazem para sabotar a anunciada vitória do PS. Daí estarem a promover a candidatura de Maria de Belém, cientes de dificultarem o mais possível o trabalho da Direção Nacional do Partido.
Que importa o conflito de interesses da ex-presidente de António José Seguro, jamais preocupada com a promiscuidade das suas funções políticas e as de alto quadro remunerado das atividades do Grupo Espírito Santo na área da saúde? Que importa sabê-la facilmente derrotável por qualquer dos candidatos da direita, se o objetivo principal parece ser o de impedir a vitória do Prof. Sampaio da Nóvoa?
A implícita tomada de posição de António Costa a favor da candidatura do antigo reitor da Universidade de Lisboa, a quem Mário Soares, Ramalho Eanes e Jorge Sampaio já testemunharam o seu apoio, serve de aviso à navegação quanto às tentativas perversas em pretender impor uma segunda volta das eleições primárias.
Até porque, dizia-o Miguel Vale Almeida, com imensa graça no facebook: Maria de Belém só há uma, a cavaca e mais nenhuma! E, dessa, estamos danadinhos por vê-la dali corrida, atrelada à grotesca múmia, que lhe serve de conjugue!
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