Regressando ao dia de ontem a frase política, que fica a ecoar nos nossos ouvidos, é a de uma pergunta de António Costa aos jornalistas: se julgariam encontrar na multidão que os rodeava alguém verdadeiramente interessado na presença, ou não, de paulo portas nos debates televisivos.
Esta pré-campanha eleitoral está a ter essa característica: o Partido Socialista apresentou um programa rigoroso, baseado num estudo macroeconómico, cuja qualidade técnica ninguém consegue questionar, e a imprensa continua a fazer o jogo, que mais interessa à direita: centralizar-se em faits divers, que nada acrescentam ao essencial. Pelo contrário até distraem os eleitores do que verdadeiramente lhes deveria interessar: quais as medidas exequíveis - porque fundamentadas em contas que as suportem - capazes de resolverem os principais problemas que se colocam aos portugueses .
António Costa já demonstrou ter soluções para o desemprego, o crescimento da economia e a sustentabilidade da Segurança Social. E, no entanto, olhamos para os telejornais ,e para as primeiras capas dos jornais, e elas são quase totalmente erradicadas por quem teria o dever deontológico de priorizar as informações mais relevantes deste momento político.
É claro que tudo isto não acontece por acaso. Basta olhar para quem são os donos desses meios de (des)informação e está tudo dito. Daí a relevância de, aqui, nas redes sociais e nos blogues, não darmos tréguas a quem pretende chegar às eleições sem ver questionados os seus verdadeiros propósitos ideológicos e os trágicos efeitos das suas políticas.
Há dias alguém explicava o escasso interesse da direita nos debates por considerar preferível fingir-se de morta até às eleições na esperança de alcançar a vitória.
Cabe-nos o dever de contribuirmos para que tal aposta saia falhada...
Sem comentários:
Enviar um comentário