Não constitui nenhum mito urbano a notícia de o PAF ter uma equipa de publicitários brasileiros, remunerados principescamente, a trabalharem diariamente em mensagens passíveis de criarem a benevolência do eleitorado para com as suas incalculáveis malfeitorias e até possam discutir taco-a-taco a vitória a 4 de outubro.
A lógica é a da mentira despudorada e sem medo de ser facilmente desmascarada. Como aconteceu ontem, quando jornais e televisões anunciaram repetidamente a iminência da retirada dos cartazes do PS e o despedimento de Edson Athayde.
Do Rato veio o pronto desmentido, mas sem já evitar a criação de uma aparência de desnorte na campanha socialista, realçada até à náusea pela tendenciosa comunicação social.
Mas virando a questão ao contrário: será que alguém mudará o sentido de voto apenas por uma questão de maior ou menor eficácia de um cartaz? Não estaremos a ser levados na onda laranja de darmos excessiva importância a algo que verdadeiramente não a tem?
Concentremo-nos no que conta seriamente para a opção eleitoral dos portugueses: a denuncia de tudo quanto lhes foi nocivo nestes quatro anos e quais as propostas alternativas capazes de corrigir o rumo de que fomos no entretanto desviados.
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