1. Foi o fim-de-semana da festa do Pontal para a qual apenas espreitei nalguns noticiários, que lhe deram imerecida atenção.
Em primeiro lugar, porque o que passos e portas disseram não constituiu nenhuma novidade. Talvez por isso a assistência não se deixou empolgar nem por um, nem por outro, só se vendo rostos entediados com o frete de ali fazerem figura de corpo presente.
Em segundo lugar, devido à sucessão de mentiras, que ambos continuam a afivelar, sem qualquer pingo de vergonha e em completa contradição com a evidência sentida pelos portugueses nestes quatro anos.
Passado um dia já ninguém se lembra do que eles ali discursaram. Como arranque para a campanha eleitoral foi manifestamente pouco. Se é só isso que têm para oferecer aos eleitores, bem merecem que eles lhes votem a maior das indiferenças. Senão mesmo o ódio de tanto os terem prejudicado!
2. A direita conta, porém, com outros fatores a ter em conta. Para já é Maria de Belém a fazer-lhes imenso jeito com a ridícula presunção em vir a ser Presidente.
Não lhe faria mal nenhum um pouco de decoro e de sentido de responsabilidade para com o partido, que a fez sair do anonimato e garantir-lhe uma reputação, que doutra forma não seria previsível ter em função dos seus talentos. Assim, ei-la a prestar-se à triste figura de servir de espantalho para a argumentação da direita em relação às divisões dentro do PS. Mas no mesmo dia em que um notório segurista António Colaço, escreveu no «Expresso» um autêntico vómito feito de raiva primária contra António Costa e de promoção a por quem gostaria vê-lo substituído - esse outro cacique segurista chamado José Luís Carneiro - já nada nos surpreende.
António Costa irá vencer as eleições não só contra o seu adversário natural - a coligação PAF - mas, sobretudo contra os que, internamente, ainda não aceitaram a derrota nas Primárias...
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