Os números do Instituto Nacional de Estatística sobre a balança comercial, relativos ao primeiro semestre deste ano, confirmaram o falhanço clamoroso do governo em conseguir equilibra-la. Cai por terra a falácia passista segundo a qual só iríamos viver de acordo com aquilo que conseguíssemos exportar.
Nem se conseguiram os ganhos previstos com a competitividade, que acelerasse a produção nacional, nem se conseguiu evitar um maior crescimento das importações quando os rendimentos dos pensionistas foram salvaguardados pelo Tribunal Constitucional.
Embora conseguindo uma ligeira melhoria em relação ao período homólogo do ano passado - apenas 182 milhões de euros - importaram-se mercadorias e serviços, que custaram mais 4842 milhões de euros do que as exportadas. A cobertura de umas pelas outras está, pois, muito distante do pretendido.
Como a coligação de direita disse apostar fortemente no combate ao que designou como “despesismo” do anterior governo, conclui-se facilmente da sua incapacidade em garantir as condições para uma economia dinâmica e com possibilidades de alcançar o objetivo de um défice abaixo de 3% do PIB.
Aguarda-se com impaciência que o novo governo saído das legislativas de 4 de outubro aplique as medidas previstas na Agenda para a Década e dê aos portugueses as expectativas de melhor vida adiadas nestes últimos quatro anos.
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