Na capa do «Expresso» desta terça-feira veio a revelação de ter havido uma quebra de 50% no preço do barril de petróleo no último ano, mas o consumidor português só ter visto a gasolina baixar 4%.
Infelizmente a maioria dos que ouvem tal notícia encolhem os ombros e aceitam a circunstância de nada poderem fazer contra tal estado de coisas.
Na verdade deveriam começar por fazer contrição por, aquando do processo de privatização da Galp, terem acreditado nas histórias da carochinha dos que lhes prometiam combustíveis mais baratos ao acabar o monopólio da empresa pública.
«Melhor geridas» e em «concorrência» entre si, essas empresas iriam facilitar a vida aos consumidores doravante beneficiados com preços de saldo.
Essas falácias, depressa desmentidas pela realidade, deveriam pôr os eleitores de sobreaviso contra novas privatizações ou entrega de concessões de bens públicos a interesses privados. Mas, por enquanto abúlicos, tudo têm suportado com uma carga de conformismo, que desmente o conteúdo dos seus genes, mormente em relação aos períodos da nossa História (a derrota do absolutismo ou a implantação da República), que se caracterizaram pela coragem com que defenderam os seus interesses. .
No entretanto, as empresas distribuidoras de combustíveis continuarão a acumular lucros obscenos, que justificam os elevados salários e bónus dos seus responsáveis. Que são depois os primeiros a financiar os partidos da direita e a debitarem as teses segundo as quais não existiria alternativa ao atual austeritarismo.
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