É claro que Pedro Santos Guerreiro é insuspeito de qualquer simpatia pelo Partido Socialista. E muito menos por António Costa a quem critica com dureza na crónica da versão semanal do «Expresso». Mas, no seu texto faz sentido atendermos ao extrato em que considera estar a ter sucesso a mistificação mil vezes repetida pelos ministros, secretários de estado e deputados do PSD e do CDS em como a receita aplicada nestes três anos e meio resultou.
Se de facto não fosse trágica, a intenção confessada por passos coelho na entrevista ao mesmo jornal em solicitar a maioria absoluta nas próximas legislativas só deveria suscitar o riso sardónico. Porque todos os indicadores sobre a qualidade de vida dos portugueses pioraram ao longo da presente legislatura.
Nesse sentido António Costa tem razão: o país está bem diferente do que era há quatro anos. E bem pode a direita rezar aos santinhos chineses (que meteram cá dinheiro e deram emprego de luxo a catroga!), a são mário draghi a quem devem os juros baixos e até provavelmente a são alexis tsipras, cuja irreverência deverá impor maior contenção às exigências troikeiras não vá o «bom exemplo» a que se agarram sair-lhes furado e privá-los do último dos seus pífios argumentos.
É claro que quero crer no erro de Pedro Santos Guerreiro: se ainda parecem colher sucesso, as mistificações de passos & Cª estarão condenadas ao fracasso. E já há um caixote do lixo a preparar-se para recolher a memória histórica (ou meramente estórica?) dessa trupe. Tão estanque quanto possível, porque arrisca-se a rapidamente decompor-se e ficar nauseabunda...
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