Raramente concordo com o que Vasco Pulido Valente escreve. Diria até que, ideologicamente, sinto-me tão distante do meritório historiador das revoluções liberais do nosso século XIX, quanto Tsipras dos seus aliados de governo pertencentes aos Gregos Independentes. Mas, quando se trata de olhar para os comportamentos políticos de cavaco silva, é inevitável sentir-me em total sintonia com o que VPV assinou no «Público» de ontem a propósito da irritada reação dele aos pedidos de esclarecimento da esquerda sobre o quanto dissera sobre a fiabilidade do BES: “O dr. Cavaco exibe a cada passo, até nos mais pequenos pormenores, a sua incapacidade para o cargo em que infelizmente o puseram.
Este incidente não é uma gaffe inócua e desculpável, é uma intervenção profunda na vida material do país, agravada por uma fuga desordenada à franqueza e à verdade política. O sr. Presidente da República devia daqui em diante observar um silêncio penitente e total, com o fim meritório de não assanhar a crise que ele consentiu e em parte criou. Não merece a nossa confiança.”
Tratar-se-ia, de facto, de uma eficiente medida antipoluição (mental), que cavaco se reduzisse doravante ao silêncio.
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