À ridícula “disponibilidade” de passos coelho em rever a Constituição, facilitando a organização de eleições antecipadas a curto prazo, respondeu, - e muito bem! - o coronel Vasco Lourenço com a proposta de demissão coerciva de cavaco silva por nunca ter dado mostras de garantir o regular funcionamento das instituições nos dois mandatos e, até, ter tomado, e andar a repeti-lo!, decisões de contornos manifestamente facciosos.
É nessa mesma linha de comportamento, que se situa a demora em indigitar António Costa para formar governo, mormente com a inconcebível viagem à Madeira, reveladora de busca porfiada de uma situação de vazio e incerteza, capaz de dar aos mercados o desejado ensejo de reagirem negativamente.
Ontem vimos desfilar por Belém um conjunto de associações patronais e aparentadas, todas elas alinhadas no discurso a posteriori perante os jornalistas: que se sentem assustadas perante a iminência de um governo de esquerda.
Nalguns casos esses “representantes da sociedade civil”, ao gosto do anfitrião, metiam susto ao susto, com o seu aspeto de zombies acabados de desenterrar da cova (caso de ferraz da costa!).
Se ainda julgávamos que o balanço final dos mandatos de cavaco silva seria mau, ele bem se esforça por o agravar para uma qualificação ainda mais depreciativa. Como se insatisfeito por ficar na História como cavaco, o «Medíocre», não se contentasse com cognome menos enfático do que cavaco, o «Catastrófico».
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