A edição de hoje do «Expresso« mostra como, apesar da verdadeira galeria de horrores em que se converteu o átrio onde a quase totalidade dos seus convidados por ele ouvidos nos últimos dias, mostrou “reservas” ao possível governo de esquerda pouco restará a cavaco que não seja empossar António Costa como primeiro-ministro. É que, como diz António José Teixeira no «Expresso» de ontem, “não há soluções blindadas para quatro anos. A democracia comporta riscos, os governos podem ter percalços, mesmo os que dispõem de maiorias absolutas”.
Mas, é num excelente artigo intitulado «Cavaco não suporta que a realidade não seja cavaquista» que Daniel Oliveira lhe traça um contundente retrato: “Cavaco não é apenas, como quase todos os políticos, um incorrigível vaidoso. É um caso patológico de soberba . A soberba de alguém que, por ter tido a sorte de chegar a primeiro-ministro quando chovia dinheiro de Bruxelas, esteve sempre uns degraus acima das suas capacidades. A forma como geriu esta crise demonstra isso mesmo. Cavaco Silva é um interminável erro de casting”.
Como Jorge Coelho lembrou na «Quadratura do Círculo» ele já abandonou as funções de primeiro-ministro com a reputação bastante danificada. Nada, porém, com o patamar rasteiro em que termina o mandato como presidente.
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