quarta-feira, 4 de setembro de 2019

“It´s the economy, stupid!”


É daquelas evidências, que nem Rio, nem Cristas, podem negar: nos mercados financeiros os títulos da venda da divida portuguesa a dez anos estão equiparados aos da Espanha, repetindo-se momentos dos últimos dias em que até se negoceiam a preços mais baixos.
Outra notícia que contraria a versão negativa dos líderes das direitas é a proveniente do Forum Económico Mundial, que classificou Portugal em 12º lugar no ranking da competitividade turística (feito até agora nunca alcançado!) e o 1º quanto à qualidade das correspondentes infraestruturas.
A justificar maiores apreensões aos mesmos políticos da oposição veio a constatação de alguém, que muito sabe de sondagens - Rui Oliveira e Costa - a aventar a forte possibilidade de bastarem 39% dos votos nas urnas de 6 de outubro para que o Partido Socialista alcance a maioria absoluta.
Compreende-se a histeria contida, mas já percetível, nos derrotados desse dia, acompanhada de outra não menos inquietante para o grande patronato: a possibilidade de ser alcançada uma grande maioria de 2/3 dos deputados das esquerdas que, em teoria, poderiam rever a Constituição.
É claro que essa hipótese é fútil até por não depender dela a remoção dos principais obstáculos ao desenvolvimento do país e à melhoria da qualidade de vida dos portugueses. Mas já suscita insónias em quem andará a fazer contas à vida para entender como, mesmo com a hiperatividade de movimentos reivindicativos inorgânicos e uma imprensa claramente desfavorável, o governo socialista suscita uma tão significativa aprovação na maioria do eleitorado.
Como diria James Carville, quando foi o estratega da campanha presidencial de Bill Clinton contra o pai Bush: “It´s the economy, stupid!” Com indicadores económicos tão positivos não há fake news, nem maliciosas distorções das notícias quotidianas capazes de travarem a dinâmica vencedora que se adivinha.

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