segunda-feira, 16 de setembro de 2019

A morte de um cantor pimba


Início do jornal da noite da SIC neste domingo com a «grande» notícia da morte de um cantor pimba luso-brasileiro. Do pouco que lhe conheci (mas demasiado para quanto os meus ouvidos suportaram anos a fio!) e para além do atroz reacionarismo político do que defendia, sobrava um inacreditável mau gosto naquilo que cantava. Tratava-se do popularucho mais tosco no seu esplendor capaz de dar razões aos brasileiros - quando as igrejas batistas ainda os não tinham convertido na maioria de mentecaptos, que elegeu o atual presidente - para olharem os portugueses segundo o estereotipo depreciativo alimentado décadas a fio pelos nossos compatriotas para ali emigrados em busca do el dorado e exagerados na ávida ganância e analfabeta soma de habilidades.
Essa «música» tinha sucesso comercial? Claro que tinha ou não contássemos ainda com tantos néscios carecidos de uma Educação com letra grande para não serem tão broncos. Não quer dizer que, em prol da higiene mental da Nação, não merecesse ser ignorada. Mas sabe-se o que pretendem as televisões e os seus donos: os pimbas de serviço são o seu seguro de vida para que as direitas a que estão enfeudadas não se grupusculizem tanto quanto merecem. É precisamente essa consciência da utilidade de tal gente, que leva Marcelo a prontamente  reagir com os convenientes pêsames. Compreende-se...

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