Os debates que tiveram Rui Rio e Assunção Cristas como protagonistas trouxeram-nos uma evidência: a de neles não encontrarmos uma ideia consistente do que deve ser o país no futuro a médio e longo prazo. Quem se interrogue para que tipo de sociedade tendemos a evoluir detetamos uma diferença de monta entre os partidos das esquerdas, que colocam a variável ambiental como condicionadora do tipo de desenvolvimento exequível, enquanto os situados no espectro direitista dela se alheiam como se não existisse.
Não é preciso ter grandes dotes de adivinhação para compreender que, entrando numa década decisiva para se travarem os fenómenos meteorológicos passíveis de virem a revelar-se incontroláveis, existe um fosso entre quem os leva em conta e quem os queira ignorar...
No Ípsilon da semana transata António Guerreiro abordava a crise dessas direitas. Só não concluiu o que se vai adivinhando: elas arriscam-se a ser totalmente irrelevantes nos anos vindouros.
Intimamente vou fazendo votos para que assim seja.
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