sábado, 1 de junho de 2019

Marcelo na sua english version


Conferenciando em inglês na Fundação Americana, Marcelo voltou a vestir a farpela de comentador político e foi o que se viu: se já estavam deprimidos com o sucedido no domingo passado, os apaniguados de Rio e de Cristas terão sido confrontados com a necessidade de reforçarem a dose dos valiuns e dos lexotans com que andem a mitigar as angústias. Mas as palavras de Marcelo clarificaram ainda mais as razões para que nenhum socialista venha a votar nele acaso venha a desdizer o que prometera em 2016, quando dizia bastar-lhe um mandato para satisfazer a vaidade enquanto primeiro magistrado da nação.
Não sobram dúvidas ao que virá Marcelo se se recandidatar a novo mandato: torpedear tudo quanto de substantivo quiser cumprir o futuro governo da República em prol da maioria dos portugueses. O eufemismo, que utiliza é vistoso - restabelecer os equilíbrios entre as esquerdas e as direitas nas cadeiras do poder! - mas só significam uma coisa: sempre que estiverem em questão os interesses privados contra o bem coletivo lá estará Marcelo a defender a legitimidade dos primeiros. Como tem sucedido com a Lei de Bases da Saúde em que tem feito despudorada campanha para que os negócios dos hospitais e clínicas privadas continuem a prevalecer sobre os dos SNS.

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