terça-feira, 25 de junho de 2019

A celebração de uma nova «escritora»


Poupar-se-iam alguns eucaliptos, com efeitos benéficos para o ambiente, se os editores evitassem a edição de alguns livros cujo desiderato próximo será o de acabarem numa unidade de reciclagem de papel ou, pior, nalgum aterro sanitário. É o que sucederá ao livro agora lançado por Assunção Cristas com pompa e circunstância, mas a cujo publicitado evento compareceram apenas alguns indefetíveis fiéis, entre os quais o inevitável Pedro Mexia.
Houve também quem se juntasse à festa por acreditar na possibilidade de o tempo voltar para trás. Sabe-se que não, mas Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque prendem-se a tal ilusão, que implicaria recauchutarem pretéritas coligações com a novel «escritora».
Parece que o otimismo foi a tónica do discurso da festejada. Compreende-se! A tão breves semanas das legislativas, e com as sondagens a preverem reiterado desastre, só a patética imitação do montypythoniano cavaleiro, que prometia chacinas dos inimigos enquanto ia perdendo os braços ou as pernas, pode valer a Cristas antes da inevitável demissão. Calou-se quanto a ver-se primeira-ministra, mas valem-lhe as esperanças alimentadas pelo seu pensamento mágico. Ou as mentiras descaradas, porque não é que afiançou jamais ter posto em causa o otimismo de António Costa? Como disse?

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