É o cumprimento de uma regra básica da boa gestão: perspetivar as necessidades, rastrear os recursos existentes e definir a operacionalidade adequada para maximizar estes em função daquelas. Qualquer responsável por uma organização ou empresa sabe isto. Só Marcelo é que se arma de novas e precisa que o tratem como louro.
Será difícil que a sua enselfiada cabeça se tenha tornado incapaz de perceber o óbvio, ou seja, que os hospitais de Lisboa se organizem de forma a funcionarem mais eficientemente e criem regras de acesso às ambulâncias do INEM conseguindo melhores resultados dentro dos seus limitados meios?
É claro que Marcelo apenas se limita a explorar a via populista para pôr em causa o governo nunca perdendo a oportunidade para o fazer. Se quisesse ser honesto poderia adotar o tom professoral dos seus comentários televisivos - quando cumpria a oportunista estratégia de se tornar incontornável em Belém! -, e explicar como as consequências de políticas contra o setor público, durante anos implementadas pelos partidos do seu coração e pela corporação dos médicos, que sempre se fizeram ouvir contra o aligeiramento do numerus clausus, acabam por se repercutir a médio e longo prazo.
Agora, que tem o menino nos braços, não é fácil que quem defende um SNS de melhor qualidade, solucione os problemas com um breve estalar de dedos.
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