quarta-feira, 5 de setembro de 2018

E ele disse que sim...


Há dias comentava aqui a pertinência da tese de Alfredo Barroso quanto à intenção do PCP em desvincular-se da convergência das esquerdas, recorrendo para tal à sua tropa fandanga sindical. Mas, agora, na RTP, Jerónimo de Sousa não só elogiou a solução governativa desta legislatura, como manifestou a disposição do seu partido em integrar o próximo executivo, saído das eleições de 2019.
Parecemos, pois, estar numa espécie de situação bipolar das esquerdas, que ora nos descontentam com promessas de divórcio, ora nos esperançam com a expetativa de perenizarem a ostracização das direitas por muitos e bons anos.
Entre uma e outra hipótese não sobram dúvidas sobre qual prefiro. A atual conjuntura da luta de classes, não só no âmbito nacional, mas sobretudo internacional, exigem um claro separar de águas entre os que querem apressar a falência de um sistema ideológico falido e os que intentam prolongar-lhe o estertor definitivo.
Eu, que andei décadas a desejar a convergência das esquerdas, anseio por que ela se viabilize e potencie nos anos que, enquanto sexagenário, ainda possa esperar viver...

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