A visita oficial de António Costa a Angola está a constituir um enorme sucesso, que muito agrada à grande maioria dos portugueses. Daí que as direitas soubessem bem quão útil seria impedi-la, porque não só estariam a concretizar a estratégia do “quanto pior melhor”, quer a nível económico, quer político, como poderiam sempre manter a narrativa de um agravamento das relações entre os dois países sempre que Lisboa conta com um governo socialista. No momento certo lá tratariam de lembrar as relações privilegiadas de Paulo Portas e Miguel Relvas com as autoridades luandenses, de que se constituíram indecorosos lobistas.
Terá sido essa a razão do «irritante», que teve como grande responsável Joana Marques Vidal. Sendo o caso Manuel Vicente um mero detalhe, de importância infinitamente menor do que o superior interesse de desenvolver o relacionamento bilateral, a ainda procuradora-geral tudo fez para o alimentar até mais não lhe ser possível, demonstrando o que lhe estava realmente nas intenções.
É por isso que o sucesso desta visita constitui uma derrota inegável do que tal protagonista tanto porfiou. E espero que as alusões frequentes de António Costa a esse mesmo «irritante» signifique que, não tendo esquecido a afronta, retire dela a devida ilação: a devolução da mesma à procedência acautelando a possibilidade em que não volte a causar danos de maior na vida de quem intervém, como sucedeu na forma como facilitou à IURD a adoção de crianças retiradas às mães sem que estas o pudessem evitar.
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