terça-feira, 4 de setembro de 2018

À falta de notícias de jeito, a Joana é recurso que não falha!


Não há dia nenhum em que, nos jornais que se conseguem distanciar minimamente da condição de pasquim, que o diário da Cofina faz por merecer, não apareça alguém a fazer campanha ativa pela recondução de Joana Marques Vidal à frente da Procuradoria-Geral da República. Hoje temos Anselmo Crespo no «Diário de Notícias» e Sonia Sapage no «Público», ora a ameaçarem implicitamente António Costa com o que possa significar a substituição da dita cuja, ora invocando esse exemplo ímpar de honestidade nos negócios, que é Marques Mendes.
Os prosélitos dessa campanha - todos eles enfeudados ativamente às direitas, que intentam continuar a ver preservadas nas investigações do Ministério Público sobre casos de corrupção! - temem ver a instituição orientada pelos princípios do suprapartidarismo e da defesa do segredo de justiça, valores que foram ostensivamente espezinhados pela titular do cargo enquanto o tem desempenhado.  Mentem mil vezes a dizer que ela fez muito neste período, mas nunca justificam porque deixou passar alegremente pelas malhas das suspeitas a corja cavaquista do BPN (incluindo o seu máximo inspirador!), o negócio de Portas nos submarinos ou de Aguiar Branco nos Estaleiros de Viana ou os comprometimentos óbvios de Marques Mendes com os vistos gold.
Pela cabeça da senhora em causa nem sequer terá passado pela cabeça investigar o que terá ganho o atual Presidente da República com as amizades mais do que publicitadas com Ricardo Salgado, que o albergava nas férias e sabe-se lá em mais o quê.
A poucas semanas de se conhecer o nome de quem será o Procurador Geral da República no próximo mandato tenho grandes esperanças em que António Costa seja igual a si mesmo e, com a sua reconhecida habilidade, cuide de garantir a titularidade a quem se revele efetivamente merecedor do cargo.

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