sábado, 8 de setembro de 2018

Alguns portugueses que não se recomendam...


1. Uns «notáveis» da cidade do Porto terão lançado um abaixo-assinado para exigir a imediata resolução do problema da ala pediátrica do Hospital de São João. Curiosamente nenhum deles pareceu disposto a avançar com dinheiro numa eventual iniciativa de crowdfunding, que ajudasse a resolver o problema financeiro de tal obra.
Que bom reivindicar, quando não está em causa o próprio bolso, conquanto seja a teta coletiva a pagar  o que tanto se deseja! Esse símbolo de ética, que é o Pinto da Costa até lançou o anátema sobre os governantes, que continuarão a dormir na paz dos anjos sem se inquietarem com a má sorte dos petizes!
2. Um aldrabão tuga conseguiu sessenta mil euros como indemnização dos seus prejuízos inerentes ao incêndio da Torre Glenfell, onde nunca vivera. Resultado: vai passar os próximos três anos na prisão, pena exígua para os danos, que terá causado aos compatriotas junto dos ingleses numa altura em que o brexit ainda agita emoções dos que pretendem correr das ilhas quem não for britânico.
Uma burla cometida no século XVI por uma missão diplomática do reino de Portugal a Roma ainda faz da expressão “Fare ll portoghese” uma alusão nada simpática para nós junto dos transalpinos. Razão para considerar que criar uma boa imagem lusa junto de outros povos leva séculos a conseguir, mas o contrário também implica ainda mais tempo a diluir...
3. Se ter uma Assunção nas notícias é mau tendo em conta o ruído cacofónico, que suscita, ter outra ainda mais polui o nosso ambiente mediático. A Assunção em causa é professora catedrática na Faculdade do Porto e conseguiu iludir a instituição a facultar-lhe uma sala para, durante este fim-de-semana, organizar uma sucessão de charlas de uns estarolas apostados em provar que não existem alterações climáticas com que nos devamos preocupar.
Apesar da denúncia de dezenas de cientistas escandalizados com esta associação da Universidade do Porto a tão absurda iniciativa, ela parece que decorrerá sem mais consequências. Ora uma catedrática, que se faz porta-voz de falácias tão anticientíficas, merecerá prosseguir o seu afã antipedagógico junto de sucessivas gerações de estudantes?

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